CONHEÇA A ARTE DE MARCELO SOARES
Nesta edição, o Simpósio da RGV-NE conta com a arte de um dos mais brilhantes xilogravadores do país, o pernambucano radicado na Paraíba, Marcelo Soares.
Marcelo é poeta cordelista, editor, desenhista, artista visual, letrista, compositor, intérprete e arte educador. Descrito pelo pesquisador José Paulo Ribeiro, no site Paraíba Criativa, como “um dos mais significativos poetas cordelistas da atualidade”, começou sua carreira artística inspirado no pai, “O Poeta Repórter” José Soares (1914-1981) expoente e renomado cordelista paraibano. Nasceu em 1953 em Olinda, Pernambuco, mas veio morar em João Pessoa, depois que os dois filhos passaram no vestibular para Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Em 1974 iniciou na xilogravura, fazendo capas para folhetos de cordel, incentivado pelo pai, José Soares (1914-1981), renomado cordelista conhecido como O Poeta Repórter. Com o passar dos anos, Marcelo expandiu suas atividades, incursionado por desenho de pintura, criando capas e ilustrações para livros, discos, cartazes de cinema, shows, teatro e outros eventos. É autor de quase uma centena de folhetos de cordel. Ilustrou obras de dezenas de poetas populares, tendo também trabalhado para várias editoras.
Seu talento o levou a atuar em várias editoras como Brasiliense, ltatiaia, Prelo, Paulinas, Contexto e Global e para jornais como O Globo, Jornal do Brasil, O Pasquim, Jornal do Comércio e Diário de Pernambuco. Seu trabalho teve o reconhecimento de Ariano Suassuna com quem trabalhou por quatro anos consecutivos (1994-1998) – “Gosto muito da gravura de Marcelo Soares. Quando bato o olho, identifico logo que a obra é sua. É assim, feito uma marca, um ferrão. Além do mais, é poeta dos bons.”
No Rio de Janeiro, fez curso de xilogravura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (1984), ensinou na Escolinha de Arte do Brasil (1984-1985) e trabalhou no ateliê de Augusto Rodrigues (1987-1991). Retornando a Pernambuco Marcelo tornou-se Diretor de Cultura do Município de Timbaúba (1992-1996), fundou a Folheteria Cordel (1997), ministrou oficinas de gravura, no Brasil e nas cidades de Marseille, Toulon, Poitiers e Paris, em 2005, durante as comemorações do Ano do Brasil na França, e na Universidade do Porto, em Portugal, em 2007. Em 2008, tornou-se Artista Visitante na Universidade do Rio de Janeiro (UERJ). Em 2009 viajou aos EUA para participar da Folk Art International Market em Santa Fé, New Mexico.
Publicou outros inúmeros folhetos, entre eles alguns títulos como: O cego namorador e A herança da minha sogra, porém nota-se que seu ponto forte é no cordel de cunho crítico e jornalístico, talvez herança de seu pai. Na vertente crítico-jornalística destacam-se alguns títulos como: O caso Mônica Levinsque com o presidente Clintóris, O castelo Monalisa do amigo deputado, A crise do ‘mensalão’ e o caso da cueca, entre outros.
Veja Mais em:
Site Oficial – http://marcelosoares.org/
Facebook – http://www.facebook.com/marceloalvsoares
Paraíba Criativa – http://www.paraibacriativa.com.br/artista/marcelo-alves-soares/
Entrevistas: