AREIA

Areia e o Brejo Paraibano esperam por você!

Durante quatro dias de 2019, a antiga Vila Real do Brejo d’Areia será sede da quarta edição do Simpósio da RGV-NE. A bela cidade de Areia, capital não oficial do Brejo Paraibano e tombada pelo Iphan desde 2006, se destaca pelo seu rico patrimônio histórico e cultural e pela paisagem natural montanhosa que a circunda.

Surgida em meados do século XVII, Areia se originou de um ponto de parada estratégico para tropeiros. Por muito tempo, o Brejo d’Areia esteve subordinado à Vila de Monte-Mor (atual Mamanguape), quando em 1815 foi desmembrada e, em 1846, elevada à condição de cidade. A revolucionária população local aderiu ao movimento libertador de Pernambuco, em 1817, e prestou grande contribuição à Confederação do Equador (1824). “Foi de Areia, sede temporária da Província da Paraíba, que partiram as tropas que combateram as forças legais. Em fevereiro de 1849, travou-se em Areia o último combate da Revolução Praieira, iniciada, um ano antes, em Pernambuco. Os rebeldes, depois do malogrado ataque ao Recife, invadiram a Paraíba e, heroicamente, refugiaram-se e lutaram em Areia”. Em 1873, a população areiense ainda participou ativamente da Revolta do Quebra-Quilos.

Areia foi a principal povoação do Brejo Paraibano do final do século XVIII ao início do século XX. A sua campanha abolicionista foi das mais intensas, destacando-se a Mocidade Emancipadora Areiense. A propósito, foi a segunda cidade do país e a primeira da Paraíba a libertar seus escravos, dez dias antes da proclamação da Lei Áurea.

Localizada a mais de 600 metros de altitude, no topo da Serra da Borborema, na região conhecida antigamente como Sertão do Bruxaxá (“terra onde canta a cigarra”), Areia possui um clima ameno durante todo o ano, mas no inverno a temperatura pode baixar a 14°C, o que lhe rendeu o cognome de Suíça Paraibana e lhe colocou na Rota Cultural Caminhos do Frio. A cidade está situada próxima aos dois maiores centros urbanos da Paraíba, Campina Grande (50 km) e João Pessoa (130 km), sendo interligadas por ótimas rodovias.

Sua economia, baseada na agricultura, tem nos derivados da cana-de-açúcar (cachaça, rapadura e mel) os seus principais produtos. O município conta com mais de 20 engenhos de cachaça, alguns com visitação aberta ao público. De acordo com o Anuário da Cachaça (2019), Areia é o quarto município brasileiro em número de estabelecimentos produtores de cachaça registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ainda segundo esse levantamento, a Paraíba possui 145 produtos cadastrados no Mapa e 36 deles são produzidos em Areia.

A pacata cidade de 25 mil habitantes é a terra natal de muita gente importante, como o pintor Pedro Américo, autor dos célebres quadros O Grito do Ipiranga e A Batalha do Avaí, e o escritor e político José Américo de Almeida, autor do clássico A Bagaceira. A cidade musical possui ainda uma banda centenária (1845): a Filarmônica Abdon Felinto Milanez.

Areia encerra inúmeros atrativos que impressionam turistas e visitantes. O seu conjunto arquitetônico tombado, herança do auge da cana-de-açúcar, é de uma beleza singular, com destaque para:

  • Theatro Minerva (1859), primeiro teatro da Paraíba;
  • Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (possivelmente do século XVII, construída pelos escravos);
  • Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (século XIX). A Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Areia é a paróquia mais antiga da Diocese de Guarabira criada em 1813;
  • Solar José Rufino (1818);
  • A Fidelidade ou Casa das 11 Portas (século XIX);
  • Biblioteca José Américo de Almeida;
  • Museu Regional de Areia;
  • Museu-Casa do Pintor Pedro Américo;
  • Museu do Brejo Paraibano ou da Rapadura, localizado no campus da UFPB;
  • Colégio Estadual de Areia (antigo Ginásio Coelho Lisboa);
  • Colégio Santa Rita.

O turismo rural e ecológico pode ser praticado nos Engenhos de açúcar (muitos históricos) na Zona Rural e também no Parque Estadual Mata do Pau do Ferro.

 

O Centro de Ciências Agrárias da UFPB

O trabalho incansável de José Américo de Almeida, enquanto Governador do Estado, criou a Universidade da Paraíba pela lei estadual nº 1.366 de 02 de dezembro de 1955 a qual, em suas palavras, estaria predestinada a voos venturosos pelo universo infinito do saber, …“Eu vos dei as raízes, outros vos darão as asas e o selo da perpetuidade”. Em 1960, a Universidade da Paraíba é federalizada por meio do Decreto Lei 3.835, de 13 de dezembro de 1960, pelo Presidente Juscelino Kubistchek de Oliveira. E, finalmente, em 1968, a Escola de Agronomia do Nordeste (EAN) é incorporada a UFPB, por força do Decreto Presidencial nº 62.715, de 16 de maio de 1968, tornando-se o Centro de Ciências Agrárias da UFPB.

O Centro de Ciências Agrárias (CCA) oferece ensino superior nos cursos de Agronomia, Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura), Química (Bacharelado e Licenciatura), Zootecnia e Medicina Veterinária. Na Pós-Graduação o centro tem cinco programas Agronomia (Mestrado e Doutorado), Biodiversidade (Mestrado), Ciências do Solo (Mestrado), Ciência Animal (Mestrado) e Zootecnia (Mestrado e Doutorado).

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